Começo falando sobre o título porque hoje, tudo o que escrevem de opiniões referentes a eventos e entretenimento no mundo, é baseado no “acho que…”. E não seria diferente, já que o mais difícil não é só saber QUANDO vamos retomar essa área tão afetada, mas também COMO vamos retomar.
Existem muitas dúvidas e incertezas, mas uma coisa é absoluta: as relações e métodos têm que mudar. Acredito que a retomada irá se dividir em 4 fases:
Fase 1 – Eventos internos – Terão um apoio forte de plataformas digitais, podendo engajar os colaboradores com novas formas de se comunicar.
Fase 2 – Eventos pequenos – Máximo 50 pessoas, já com a participação de consumidores, mas ainda com restrições.
Fase 3 – Eventos médios – Quando as marcas e clientes irão se conectar novamente “cara a cara” sem tantas restrições.
Fase 4 – Eventos grandes – Acredito que apenas irão reiniciar quando existir uma vacina ou remédio eficaz, e que as pessoas não tenham mais dúvidas que podem “respirar o mesmo ar” sem correr riscos.
Porém, por conta do vírus ter chegado no Brasil depois de outros países, a gente tem aqui a possibilidade de uma melhor visão das consequências e experiências de outras retomadas.
Tenho visto algumas experiências interessantes no mercado Europeu, principalmente de Portugal, meu país de origem, onde comecei a jornada nessa área.
Ideias como abrir uma sala de espetáculos e restringir o número de pessoas e mantendo distanciamento; plataformas de eventos online que conseguem trazer experiências digitais e passar o mesmo conteúdo de um evento in loco; eventos ao ar livre com telão passando conteúdo e as pessoas dentro de um carro com distancias de mais de 2 m para o outro; Live de artistas trazendo o entretenimento para casa das pessoas e etc.
Ou seja, nosso setor se reinventa projeto a projeto e acredito que este é o momento de grande mudança e remodelagem. Porém, a palavra SEGURANÇA é algo extremamente importante e sempre tentarmos antecipar ao máximo o problema que pode existir nesse universo, que muda de minuto a minuto, será uma premissa.
Mas, será que tema principal de uma planilha de custos estará direcionado para a segurança de todos, saúde e prevenção? Definitivamente, acho que não caberá mais “discutir” as linhas de orçamento referente a itens como ambulância, equipamentos de segurança, quantidade de profissionais no local etc.
Uma coisa é certa, os eventos serão os últimos a voltar e não tenho dúvida que será o setor que mais irá reagir de uma forma positiva.
Não só pela saudade e alegria que eles nos trazem, mas também pela disposição que os profissionais envolvidos nessa área, que fazem o “show” acontecer, anseiam pela retomada de trabalho, retomada de promover grandes momentos e entregas.
Enfim, neste tempo de achismo, sugiro que aproveitem para rever propósitos, já que o futuro será de grande mudança. Tanto para quem promove, quanto para quem consome.
O case que mais será usado nos workshops daqui alguns bons anos será: “Como sobreviver e retomar de uma pandemia”. Conseguiremos sair dessa e relembrar como uma página virada, mas seguida de grande evolução na nossa história.
“O DNA na vida de eventos é acreditar que é possível fazer o impossível…. Evento após evento… dia após dia.…”
Nuno D’Eça
Partner & Head of Procurement
Interessante o seu achismo, é muito coerente. Que venha logo as fases 2 em diante, rs
Obrigado! Vamos torcer para que passe logo.
Excelente análise.
A questão de remuneração e prazos de pagamentos devem ser tratados com uma nova visão, pois os atuais praticamente inviabiliza a sustentabilidade de muitos negócios que não tem margem para absorver até 180 dias para receber.
Isso é uma outra questão que depende de muito fatores mas acredito que está dentro do requisito de novas relações. Obrigado
Realmente o grande desafio sera os organizadores gerarem confiança e segurança sanitaria aos usuarios antes de existir uma vacina comprovada
Sem duvida um dos maiores desafios do mercado nos próximos tempos.