5 QUESTIONS FOR DZ STUDIO

5 perguntas para DZ Estúdio

  1. O slogan da DZ é “Digital que robô não faz”. O que está por trás desse conceito e como ele norteia as decisões criativas e estratégicas da agência em um cenário cada vez mais dominado por IA e automação?

A IA e a automação são componentes essenciais do contexto da comunicação hoje. Mas, para conseguir usar todo o potencial da tecnologia, ainda precisamos de humanos no controle. Humanos com senso crítico, repertório e entendimento do negócio, de pessoas, do contexto cultural. Caso contrário, tudo fica superficial, parecido, sem personalidade e sem consistência.

O “Digital que robô não faz” expressa a nossa forma de fazer comunicação: valorizando o pensamento estratégico, o envolvimento com o cliente, com o público do cliente e com os temas emergentes da sociedade, para ajudar as marcas a navegarem nesse mundo cheio de tecnologia. E, claro, ancorado em 20 anos de experiência em comunicação e aproveitando o melhor da IA e de outras ferramentas que se proliferam.

Esses dias ouvi o termo “Human-led, AI-powered”, dito por Jimmie Stone, VP e global head de Creative Shop da Meta, em uma palestra. Acho que sintetiza bem o momento. A tecnologia multiplica o impacto, mas só o humano dá sentido.

  1. O modelo Service as a Product nasceu para oferecer “o melhor de uma agência sem precisar comprar toda a agência”. Como vocês estruturaram esse novo formato na prática e quais foram os maiores desafios culturais e operacionais para torná-lo viável?

O modelo SaaP surge de uma dor que identificamos no mercado: profissionais de marketing muitas vezes não conseguem aproveitar o melhor de suas agências. Então, criamos formas de facilitar o acesso do cliente ao que ele realmente quer comprar. Pode ser só estratégia, pode ser só uma campanha, só a gestão de mídia, ou tudo junto. Isso serve para contratações por job ou mesmo em contratos mais longos.

O grande desafio é fazer o match entre a necessidade do cliente e o serviço correspondente. Assim como as agências não costumam ofertar seus serviços de forma tão simples e direta, os clientes também não estão acostumados a comprar assim. Tem um caminho pela frente, mas é uma lógica que vem sendo bem recebida.

Do ponto de vista operacional, precisamos de um modelo flexível e ágil para absorver essas demandas e entregar com qualidade. Fizemos algumas mudanças, como a adoção de “círculos”, que são equipes temporárias para atender cada projeto. Tem sido um movimento bem interessante.

  1. Iniciativas como o “Rumos Mais Pretos”, em parceria com a UFRGS e outras agências, mostram um compromisso da DZ com diversidade e inclusão. Quais são hoje os compromissos ou metas que a DZ estabelece para ampliar a diversidade dentro da agência e no impacto dos projetos com clientes?

O Rumos Mais Pretos é um programa pioneiro criado pela DZ em parceria com a UFRGS que hoje reúne cinco universidades e mais de 15 agências no RS. Tornou-se um ecossistema de referência na inclusão de pessoas negras no mercado da comunicação, reconhecido com o Prêmio Diversidade em Prática, da Blend.Edu, em 2024.

Temos orgulho dessa trajetória, mas nossa atuação em Diversidade, Equidade e Inclusão vai além. Um exemplo é o Coletivo Diversidadz, grupo autônomo com recursos garantidos pela DZ para promover ações de letramento ao longo do ano, como o Mês do Orgulho e o Festival Pretinhosidadz, no mês da Consciência Negra.

Desde 2023, seguimos metas ESG para ampliar nossos avanços. Já conquistamos a presença de uma pessoa negra no board de lideranças, a criação de um canal de escuta e denúncia, um código de conduta para colaboradores e fornecedores, e pesquisas de clima voltadas a mulheres e à comunidade LGBTQIAPN+. Também somos membros do Pride Connection e parceiros de iniciativas como o Centro da Juventude Cruzeiro, Gurizadaí, Festival Morros do Futuro e Projeto Ajuda Trans.

Hoje, nosso time é composto por 66% de mulheres, 41% de pessoas LGBTQIAPN+ e 27% de pessoas negras. Seguimos comprometidos em evoluir nessa agenda, certos de que um time plural entrega mais valor, dentro e fora da agência.

  1. A DZ Estúdio completou 20 anos acumulando viradas estratégicas. Na sua visão, qual é o verdadeiro DNA da agência e o que a torna única em um mercado de comunicação tão competitivo?

A DZ nasceu em 2005, meses antes do YouTube. A gente costuma dizer que evoluímos junto com o digital, absorvendo cada nova disciplina que surgia e continua surgindo. Essa capacidade de reinvenção é uma parte essencial do nosso DNA. Por conta disso, sempre fomos aliados dos clientes para ajudá-los a navegar e evoluir em um mundo cada vez mais digital. Aliás, hoje fazemos bastante coisa offline — sabemos que está tudo misturado — mas a mentalidade vem da essência digital. Além isso, a DZ sempre se destacou pelo olhar humano. Isso se materializa em entregas de estratégia, criação e ativação que têm um cuidado e uma profundidade que se diferenciam em um cenário bastante repetitivo e comoditizado que vemos hoje. Mais uma vez, é isso que significa o “Digital que robô não faz”.

  1. Considerando a trajetória da DZ e as transformações do mercado como vocês imaginam que será o papel das agências criativas nos próximos cinco anos? 

Em meio a tantas dúvidas e possibilidades, o que está muito claro é que precisamos ser parceiros estratégicos dos clientes. Estar próximos, entender o que eles precisam. O desafio dos gestores de marketing de lidar com a pressão desse mundo cheio de ruído não é nada fácil. Tudo está fragmentado, parecido, superficial e incrivelmente rápido. Mas as agências podem ajudar.

As agências têm algo de especial: a capacidade de dar essa profundidade, sentido e emoção à comunicação das marcas. É o que dá originalidade ao trabalho feito com IA. É o que oxigena o que é feito in house. Na DZ a gente faz isso com envolvimento, conexão humana e consistência há 20 anos e pretendemos seguir fazendo pelos próximos cinco, dez, vinte…

5 QUESTIONS FOR cccaramelo

5 perguntas para cccaramelo

1.⁠ ⁠Por que o nome cccaramelo’?

R: O nome cccaramelo nasceu do nosso maior desafio: tentar explicar o que a gente é. Uma agência full service? Uma agência de talentos que pensa artistas e creators como marcas? Uma collab criativa entre cultura pop, estratégia e entretenimento? Um A.I. creator que entrega craft com tecnologia? A verdade é que somos tudo isso.

O nome caramelo traduz bem essa mistura: um vira-lata, sem raça definida. 

E que, por sorte, também é um dos maiores ícones da cultura pop brasileira. 

o caramelo está em todo lugar: dos memes ao boteco de sinuca do interior.

Já o “cc” vem de collab criativa, porque é assim que a gente gosta de trabalhar: sempre colaborando para criar projetos incríveis. 

2.⁠ ⁠O que significa ser uma agência independente hoje?

R: A independência nos permite operar com mais coragem, mais agilidade e mais verdade. A gente não responde a comitês. Responde à cultura.

Ser independente é não seguir uma lógica industrial. É poder decidir com quem e como trabalhar. É ter liberdade criativa real, e não a que cabe numa planilha financeira.

Também é uma posição de escuta ativa: porque quem não tem rede de proteção precisa ter radar. E isso faz a gente estar mais próximo das pessoas e do que está acontecendo de verdade.

Enquanto algumas agências defendem processos, a gente defende ideias que conectam com o público. Como gostamos de falar aqui, o cliente do nosso cliente sempre tem razão.

3.⁠ ⁠Qual é a perspectiva única que a cccaramelo entrega ao mercado? E como funciona a parceria com a Acid Times?

R: A cccaramelo é uma collab criativa que junta estratégia, cultura pop e craft. Misturamos talentos de origens muito diferentes: da publicidade ao entretenimento. Da cultura pop à tecnologia. Tudo isso para entregar ideias que colam no presente e constroem valor de marca no longo prazo.

Nossos processos são acelerados pela inteligência artificial, mas o que define nossa entrega é o olhar. Porque a ferramenta todo mundo tem. O diferencial está no ponto de vista, na curadoria, na sensibilidade e no craft.

A Acid (@theacidtimes) é uma empresa parceira e independente, que nasceu como uma página editorial que mistura estética nonsense e humor no Instagram, uma das primeiras a explorar criativamente a IA em 2023. Juntas, Acid e cccaramelo unem estratégia e produção visual, combinando sensibilidade, linguagem, craft e tecnologia. A IA acelera nossos processos, mas o que define a entrega é o olhar. Seja num filme gerado por IA ou um post no TikTok, aplicamos o mesmo cuidado. A cccaramelo traz a estratégia e as ideias. A Acid potencializa visualmente, com uma abordagem de produção que cruza conteúdo, design, estética e tecnologia. Ambas com criatividade.

4.⁠ ⁠Como vocês enxergam o futuro da comunicação?

R: O futuro da comunicação é cultural, não apenas publicitário. Marcas que antes interrompiam, agora precisam entreter mais do que nunca. E isso precisa urgente deixar de ser um recurso e virar realidade.

A atenção virou a moeda mais valiosa. E ela não se conquista com volume, mas com relevância. Quem não fizer parte da cultura vai ficar fora da conversa. A gente acredita que o futuro pertence às marcas que sabem se posicionar como criadoras, e não apenas anunciantes. 

A IA vai transformar (já está transformando) a forma de produzir. Mas ela é só ferramenta. E ferramenta todo mundo tem. O que vai fazer diferença é o ponto de vista e o craft com que essa visão é executada.

5.⁠ ⁠Qual o papel da BPool nesse novo cenário e como a cccaramelo se insere nesse ecossistema?

R: A BPool é o que a nova comunicação precisa ser: uma ponte mais curta entre quem tem uma boa pergunta e quem tem uma boa resposta.

Ela dá escala ao pensamento independente. Abre portas que, por estrutura, estariam fechadas. 

Pra cccaramelo, estar na BPool é estar num ambiente que entende valor antes de volume. Que reconhece talento antes de headcount. E que está disposto a testar o novo com quem tem repertório pra sustentar o risco.

É um match real: feito de afinidade, propósito e vontade de fazer diferente.