Segundo uma matéria publicada na revista Exame em março de 2022, o Brasil é o terceiro país em consumo de podcasts no mundo. A multiplicidade de formatos (histórias narradas, mesas redondas, entrevistas…) e a pluralidade de temas (entretenimento, negócios, true crime, notícias) tornou essa mídia parte cotidiana da vida das pessoas. Para os profissionais, com o tempo cada vez mais escasso, o podcast se tornou uma excelente ferramenta de atualização e de aprendizado contínuo.
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Comunicação e Marketing: Guia de Conteúdos para navegar em 2023
Desde o final de 2022, estamos sendo inundados por uma série de conteúdos trazendo tendências e perspectivas para 2023 e além. Para facilitar o acesso a essas listas, relatórios e compilações que acreditamos serem essenciais para o contexto de transformação, criamos este artigo.
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A transformação digital mudou drasticamente o cenário de marketing e comunicação. Se na década passada uma boa campanha de TV, pautada numa estratégia consistente de alcance e frequência era um caminho seguro e eficiente, hoje em dia o contexto é muito diferente.
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O impacto do TikTok, hoje, na vida do brasileiro, é incontestável. O Brasil é simplesmente o segundo país que mais usa a plataforma no mundo, conforme o estudo da consultoria Statista. Outro dado que denota a relevância desse assunto se refere a média de tempo que os brasileiros passam no TikTok: são cerca de 5,4 horas por dia consumindo conteúdo.
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A partir do dia 1º de julho, o Universal Analytics irá deixar de coletar dados para que o Google Analytics 4 se torne a ferramenta oficial de captura e análise de informações do Google. Essa é uma atualização anunciada há bastante tempo pela empresa e que impacta diretamente na maneira como coletamos, analisamos e compartilhamos dados no meio digital.
No mercado publicitário, todo o processo de construção e manutenção de uma marca forte gira em torno de dados e informações sobre o seu público-alvo, sobre os interesses da sua persona, como eles interagem com a marca, entre outros elementos.
Do mesmo modo, esses dados são valiosos para quem trabalha com SEO e Marketing de Conteúdo, pois é uma ferramenta que permite uma visualização das urls mais acessadas, tempo de permanência em uma página, os conteúdos que geram mais interesse e por aí vai.
Com praticamente um mês faltando para essa mudança, capturar e visualizar essas informações vai se tornar um pouco mais desafiador. A atualização para o Google Analytics 4 traz várias mudanças para os profissionais que trabalham com a ferramenta. Isso porque o GA4 usa um modelo de dados baseado em eventos e não mais em sessões geradas (falamos mais sobre isso abaixo).
Sabemos que muitas marcas olharam para essa data com bastante antecedência e se prepararam para lidar com todas as mudanças que o GA4 traz. Mas para quem deixou para a última hora, os desafios podem ser ainda maiores. Abaixo, trazemos alguns insights sobre esse momento:
O que muda no GA4?
A partir do dia 1º de julho de 2023 o Universal Analytics deixa de existir (para propriedades Standards) e em outubro de 2023 para as propriedades 360.
O primeiro ponto que trazemos aqui é o fato do GA4 mensurar dados a partir de eventos.
Para entendermos melhor: hoje quando um usuário acessa uma página, é gerado um cookie que abre uma sessão. Com uma instalação correta, o Universal Analytics já começa a coleta de informações sobre essa navegação.
Com o GA4 esse modelo muda: a coleta não será mais feita por cookie, mas sim quando houver o disparo dos eventos cadastrados.
É um pouco confuso, né? Vamos tentar deixar isso mais claro:
No GA4, quando o usuário entra na página, a coleta de dados ocorrerá, necessariamente, pelos eventos cadastrados. Ou seja: se o profissional de Analytics não cadastrar esses eventos, não terá a coleta de dados. Simples assim.
Relatórios no GA4
Durante muito tempo nos acostumamos a acessar relatórios padronizados pelo próprio Universal Analytics. Existem relatórios padrão para toda e qualquer ação de um usuário dentro de um site. É mais intuitivo acharmos o que estamos procurando, basta selecionar o período que gostaríamos de analisar e a ferramenta automaticamente nos mostra, não é mesmo?
Pois sinto dizer que estamos mal acostumados. No GA4 esses relatórios não são nada padronizados. Existe uma área que funciona como se fosse um business intelligence e que o profissional terá que “setar” quais as configurações e qual o tipo de relatório que deseja enxergar.
Somente depois dessa etapa será possível acessar um relatório. Todas as análises, dados e a maneira como serão disponibilizados pela ferramenta são construídas pelo analista responsável pela ferramenta. E infelizmente essa é uma demanda que atualmente grande parte dos profissionais não estão acostumados a fazer.
Será mais um conhecimento necessário para conseguir usar a ferramenta da melhor forma.
Tempo de memória do GA4
Esse talvez seja um dos pontos que mais cause dor de cabeça para as empresas, pois dependendo da necessidade de armazenamento de dados, vai mexer diretamente no bolso.
No Google Analytics 4 existe uma limitação de informações que a ferramenta consegue guardar. Empresas que consomem muitos dados e que precisam de um estoque de informações, precisarão investir em database para salvá-las.
Procurar uma solução terceira será essencial para as grandes empresas que trabalham com dados a longo prazo. Uma solução oferecida pelo Google é o BigQuery (uma estrutura de armazenamento de dados).
Além disso, é importante destacarmos dois cenários aqui:
Se você instalar o GA4 hoje, ele começa a contabilizar dados a partir desta data. O que ocorreu antes no seu site, a ferramenta não consegue migrar e perde-se tudo.
Se você já usa o GA4 há algum tempo, terá um limite de período para a ferramenta guardar as informações. Ao vencer esse tempo, todos os dados antigos começam a ser excluídos.
Deu para entender a importância do investimento em database?
Estrutura de contas
Basicamente, o nível de “vista” deixa de existir, permanecendo “conta” e “propriedade”. Com isso, será possível compartilhar e fazer governança dentro da ferramenta.
Tudo isso movimenta a estrutura atual de como as informações são compartilhadas, seja de vistas, filtros para ver determinada informação ou o compartilhamento de algum relatório com um parceiro, por exemplo.
Essa última situação é bem comum para quem trabalha com a ferramenta. O profissional cria uma conta com vários domínios de clientes diferentes. Ao compartilhar dados com um deles, o parceiro acaba tendo a opção de visualizar as informações de todos os outros domínios.
Você está preparado para o Google Analytics 4?
Aqui trouxemos algumas mudanças que consideramos mais importantes, mas a nova versão do GA traz muuuuuuuita coisa diferente. Se você não usou as duas versões em paralelo até agora, não há muito tempo para praticar e talvez a mudança seja um pouco mais brusca nesse caso.
Mas, o Google permite que, ao instalar e configurar o GA4, você ainda continue usando o Universal Analytics. E mesmo que você não faça ideia de como funciona, o importante é que ela já esteja coletando dados do seu site. Apesar de haver pouco tempo, pelo menos quando chegar em julho você terá alguma base de dados para analisar.
Mas atenção: de nada vale deixar o GA4 rodando se ele não estiver devidamente configurado e bem instalado, captando os dados do seu site de maneira correta.
Caso você não entenda bem o Google Analytics e não tenha um time especializado dentro da sua empresa, a nossa sugestão é a contratação de uma consultoria especializada em GA e que traga a segurança e garantia de uma ferramenta rodando corretamente.
Estude a nova versão!
Tudo bem que agora é literalmente uma corrida contra o tempo, mas a nossa última dica para quem deixou para a última hora ou ainda não entende bem a ferramenta é: estude.
Estude muito! Seja em vídeo, podcast, texto, ou como você preferir, busque informações sobre o Google Analytics 4.
Anote as suas principais dúvidas, os pontos essenciais e, acima de tudo, acesse a ferramenta para “fuçar” nas suas novas funcionalidades e entender, na prática, tudo o que mudou.
Ao contrário do Universal Analytics, que qualquer pessoa consegue acessar informações preciosas sobre o negócio de maneira bem intuitiva, no Google Analytics 4 isso não é tão fácil e simples assim. Sem uma boa base de conhecimento, será muito difícil trabalhar com a nova versão.
Apesar de tudo, não se apavore
A gente sabe que toda essa enxurrada de mudanças e atualizações pode causar um leve pânico, mas acima de tudo, não se apavore. Tem solução!
Coloque em prática as dicas que trouxemos aqui, estude e se informe sobre o Google Analytics 4 que a gente garante que vai dar tudo certo.
Essa importante atualização da ferramenta irá exigir alguns conhecimentos a mais dos profissionais que trabalham com GA, como por exemplo: entendimento de banco de dados, linguagem exploratória (famoso SQL), programação e DataViz (modelar e apresentar dados via dashboard).
É importante entendermos que esse é um momento de muitas mudanças, mas que irá trazer uma maturidade na análise de dados valiosíssima e elevar a régua desse mercado.
Estamos vivendo um momento em que o mercado em geral demanda mais eficiência com menos custos. O uso apurado de dados e essa maturidade sem dúvidas vão auxiliar nisso.
Também vale lembrar que, no mesmo sentido, estratégias de canais orgânicos têm ganhado cada vez mais espaço, uma vez que conseguem entregar mais crescimento (sustentável a longo prazo, inclusive) com menos necessidade de investimento. Mas isso é assunto para um próximo artigo, certo?
Então, mais do que nunca, se você trabalha com Google Analytics e ainda não se movimentou para entender melhor a nova versão da ferramenta, está mais do que na hora de ir atrás de informações.
O Google Analytics 4 é uma realidade. A sua empresa está pronta para isso?
Artigo escrito por:
Anderson Fagundes
CCO da Web Estratégica