Ninguém discute que fazer parte de grandes agências ou grandes grupos publicitários tem suas vantagens. Por outro lado, estão cada vez mais explícitos os benefícios que uma estrutura independente e enxuta oferece.
Conseguir então aliar uma estrutura local leve com um suporte regional ou global, então, é o melhor dos mundos, não é? The Juju é uma agência assim.
Com escritórios em Miami, Buenos Aires, Bogotá, Cidade do México, Lima e São Paulo, a agência consegue manter o caráter boutique independente, mas também conta com expertises complementares de seus escritórios, ser full service e especialista ao mesmo tempo.
Na Featured Story deste mês, conversamos com Nathalie Folco, Diretora Geral da The Juju no Brasil. Confira abaixo!
P: Nathalie, The Juju já tem uma boa presença na América Latina e abriu operação no Brasil em meados de 2020. Porque a liderança entendeu que era hora de tal movimento, já que o Brasil é um mercado tão único dentro da região?
R: O mercado criativo brasileiro é realmente distinto em funcionamento e comportamento, se comparado aos demais países do continente. A abertura de um escritório local da The Juju sempre esteve nos planos do Untold_, ecossistema de agências do qual fazemos parte, e esses planos se tornaram mais palpáveis a partir da chegada do Everton Schultz, Diretor de Inovação do ecossistema e meu parceiro na expansão brasileira das agências. Nossa primeira “pegada” no território brasileiro foi feita por meio do início das operações da Ágora, nosso braço de comunicação estratégia e public affairs, em setembro de 2019. Bem, todos nós sabemos a virada que o mundo sofreu no início de 2020, e passamos a ouvir cada vez mais dos nossos prospects e clientes que havia uma necessidade crescente de contarem com uma agência que soubesse unir criatividade e estratégia em uma estrutura ágil e flexível. Chegamos!
P: Quais são as principais características que a agência trouxe do DNA latino para o Brasil e o que você tem implementado de cultura local na The Juju Brasil?
R: A beleza de se trabalhar entre latinoamericanos está na diversidade de pensamento. A dinâmica de brasileiros e argentinos é complementar; enquanto o modo de pensar dos colombianos é distinto da dos mexicanos e dos peruanos. Quando reunimos tudo isso em um caldeirão criativo, o resultado é incrível. Além disso, o nosso conhecimento do mercado latino enquanto unidade de negócio e, ao mesmo tempo, levando em conta as particularidades de cada país, nos torna uma agência com conhecimento real dos mercados locais, o que enriquece exponencialmente a entrega de projetos regionais, por exemplo. No Brasil, a nossa veia digital é mais forte do que a dos outros países, o que nos torna o hub de projetos digitais, com um olhar mais focado na criatividade unida à inteligência de dados que o online proporciona.
P: Quais são os desafios-chave da agência no Brasil?
R: Nosso principal objetivo é provocar o mercado a fazer escolhas cada vez mais estratégicas. A criatividade não está presente apenas no modelo “tradicional” de agências de publicidade, e os clientes querem esta visão mais abrangente, mais voltada para o negócio. Não há mais espaço para a criatividade pela criatividade, pois o consumidor procura cada vez mais conteúdos com propósito, e isso vai muito além da publicidade. Acreditamos que somente um conteúdo genuíno gera conversas constantes e garante a longevidade dos negócios dos nossos clientes.
P: Você trabalhou no Interpublic Group por muitos anos. Como foi passar de parte de um conglomerado americano para um agência independente latino-americana?
R: Uma virada total, no sentido positivo. Acredito que o mercado de comunicação e publicidade tem se transformado com cada vez mais velocidade, e muitas vezes, para o cliente, isso significa exigir mais flexibilidade, agilidade e atenção por parte das agências. Vejo que os grandes grupos têm se movimentado para acompanhar essas transformações, porém, não há nada que substitua a liberdade e a facilidade de se trabalhar em um ecossistema como o Untold_, Para nós, a independência está na possibilidade de tomar decisões localmente, com o olhar de quem conhece cada mercado. Todos temos compromissos com boas práticas, mas os processos não podem amarrar a agilidade. Da maneira como o nosso ecossistema funciona, conseguimos focar nosso tempo e nossas melhores habilidades em nossos clientes, podendo prestar um serviço de alta qualidade e com a rapidez necessária.
P: Como é a colaboração entre os escritórios da The Juju em cada país?
R: Se eu te falar que só existe uma The Juju, com braços e pernas distribuídos nos países nos quais estamos, você acredita? Porque é assim, mesmo. Colaboramos diariamente entre os escritórios, compartilhando nossas experiências em projetos atuais ou passados, e encarando as concorrências como um grande time, seja em espanhol ou em portunhol!
P: Última pergunta: The Juju é um nome bem curioso. Qual é a origem dele?
R: Essa pergunta é maravilhosa, e a gente tem se divertido muito ao explicar a origem do nome “The Juju” para os clientes: “Juju” é uma palavra de origem africana, que significa “magia” ou “sorte”. Para nós, “The Juju” é a magia que acontece quando duas pessoas se encontram, no sentido simbólico e criativo. Acreditamos que a criação de uma boa ideia tem um quê de magia; e quando essa magia se une à necessidade de um cliente, possibilitamos a produção de resultados muito além do esperado.
Wow! Natália, parabéns pela entrevista! Você é gigante. Muito orgulhosa de ver seu crescimento.
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