Das muitas disciplinas do campo da comunicação, parece justo dizer que o Live Marketing foi uma das mais afetadas pela pandemia. Possivelmente a mais afetada.
Se as experiências presenciais estão proibidas para evitar aglomerações, o caminho natural para shows, convenções e eventos é se adaptar ao ambiente online. A indústria da música prontamente se organizou pra promover as Lives. Algumas bateram recorde mundial de audiência, outras tiveram o cavalo levando a charrete do cantor pra fora do palco, mas aos poucos foram aprendendo e melhorando.
Convenções virtuais, embora menos divulgadas para o grande público, também já vem sendo testadas por algumas empresas. É o caso da Rocket Comunicação, empresa parceira da BPool que desenvolveu soluções e já oferece este formato que estamos chamando de Virtual Live Marketing!
Na Featured Story deste mês, conversamos com a Diana Citron, Diretora de Novos Negócios da Rocket, sobre os desafios impostos ao Live Marketing pela pandemia e como a empresa se movimentou pra encontrar caminhos.
P: Diana, a Rocket está no mercado há 14 anos e já navegou por algumas crises e instabilidades do país, mas nada que se comparasse a este momento, né?
R: Com certeza estamos passando por um momento delicado para o setor de marketing, mas acreditamos que apesar de vivermos uma pandemia, o que acarreta um grande caos global, conseguimos tirar proveito do avanço tecnológico que ocorreu em todo o mundo nos últimos meses. A Rocket já está há 14 anos no mercado de digital, e portanto, enquanto muitas agências tiveram que se reinventar da noite para o dia, nós já tínhamos soluções prontas e formatos disruptivos para atender um mercado ávido por produtos digitais. Sentimos a crise na área do live marketing, mas ao mesmo tempo, tivemos uma evolução significativa com os formatos digitais oferecidos pela agência.
P: Quando vocês entenderam que precisariam trazer novas alternativas para o mercado?
R: Acredito que um mês após o início da pandemia, o mundo notou que os formatos precisariam ser reinventados. Com o isolamento social, ficou clara a necessidade de traçar novas estratégias para manter relacionamento com o target. Neste momento nos aproveitamos das inúmeras parcerias internacionais que temos com empresas da Bélgica, Vale do Silício, Nova Iorque, entre outras, para oferecer um formato totalmente diferenciado no segmento de eventos digitais. Não gostaríamos de ser mais uma agência que apenas produz lives. Queríamos promover uma experiência sensorial e imersiva ao participante de um evento digital e fomos muito bem sucedidos com nossas entregas “out of the box”. Oferecemos desde eventos real time em ambientes cenográficos 3D até plataformas de conteúdo de relevância visando gerar relacionamento entre cliente e marca. O mercado anseia por novidades e acredito que a Rocket atendeu a esta demanda na entrega de iniciativas futuristas.
P: A Rocket desenvolveu junto com a BPool soluções pensadas para viabilizar virtualmente eventos que outrora eram feitos quase que integralmente de forma presencial, né? Como foi este processo?
R: A transformação do presencial ao digital requer estratégias estruturadas para atender diferentes perfis de eventos. Nós da Rocket, acreditamos, que principalmente no Brasil, onde vivemos uma cultura de eventos presenciais face to face, que gerem relacionamento entre os convidados, o formato digital deve permitir uma experiência sensorial e a mensuração do engajamento com o público participante. É necessário oferecer mais do que uma mera “live”. No primeiro mês as pessoas amavam as lives, mas agora, já no quarto mês de pandemia, o mercado já está saturado dos mesmos formatos, e é aí que entra a tecnologia, as ideias inovadoras e o poder criativo da Rocket, que propõe formatos tailor made para cada cliente.
R: Quais são os aspectos da experiência presencial que acabam se perdendo ao transferir a jornada para o virtual, e o que acaba sendo potencializado?
R: Como disse anteriormente, a cultura do brasileiro é de ser um povo caloroso. O brasileiro gosta de interagir, de aplaudir, de ter uma relação interpessoal mais direta, e neste sentido continuo acreditando que a melhor forma de network ainda seja o modelo presencial. Nada aproxima mais o ser humano, do que uma conversa ao vivo. Ao mesmo tempo, com a tecnologia do digital podemos aproveitar as ferramentas de captação de leads de qualidade, mensuração de resultados através de mapas de calor do evento, e melhor aproveitamento das redes sociais, como fonte de disseminação de key messages e conteúdos de relevância.
P: O ‘Virtual Live Marketing’ deve ganhar espaço e se consolidar nos próximos anos, ou te parece algo paliativo?
R: Eu acredito que o digital não vai retroceder. Com o avanço tecnológico gerado pela pandemia, o mercado entendeu os benefícios de atuar no digital. O custo de um evento digital frente a um evento presencial é expressivamente menor, e acredito que o mercado passará a levar isso em consideração na decisão de qual formato seguir. Acredito que para o futuro, sairá na frente quem conseguir entrelaçar e conectar o live mkt ao digital, promovendo o que há de melhor em cada um destes mundos.
P: A Rocket trabalha num modelo de rede que conta com colaboradores em vários países, né? Como estes colaboradores tem ajudado a empresa a se manter na vanguarda do setor?
R: A Rocket, mesmo antes da pandemia já se definia como uma empresa vanguardista, por trabalhar com colaboradores multidisciplinares em sua sede, mas contando também com um grande número de parceiros alocados nas principais cidades do Brasil e do mundo. O ganho neste formato é imenso, pois conseguimos garantir os melhores fornecedores e as tendências mais inovadoras do mercado.
Trabalhamos com planners de Estocolmo, projetistas de 3D da Bélgica, empresas de tecnologia de ponta do Vale do Silício, bancos de palestrantes em Nova Iorque… Sai ganhando o cliente final, que consegue obter uma proposta financeira competitiva, garantindo qualidade e inovação aos seus projetos.