Foto do Lucas de Ouro, Partner and creative director na agência Tuppi Criatividade, entrevistado do mês da Featured Story sobre o tema de regionalização de marcas

Featured Story #43 | Tuppi Criatividade

Criar uma marca forte é essencial para o sucesso de qualquer empresa. Estabelecer uma conexão com o seu público é o primeiro passo para se criar identificação e fidelidade. Para isso, as agências locais são excelentes aliadas, pois ajudam a criar campanhas personalizadas, abordando aspectos culturais, históricos, turísticos e tradicionais. É fundamental evitar generalizações e investir na regionalização de marcas, para que as empresas possam criar uma relação de identificação ainda mais forte com seu público.

Na Featured Story deste mês, conversamos com Lucas de Ouro, Fundador e Diretor de criação da Tuppi Criatividade, uma Hot Shop da Bahia com departamentos mistos e profissionais multidisciplinares. Nesta entrevista, vamos descobrir como Lucas e sua equipe trabalham na estratégia de regionalização de marcas para atingir tanto os públicos locais quanto os turistas.

Confira o bate-papo!

Para começar nosso bate-papo, qual foi a inspiração por trás do nome Tuppi e como isso se relaciona à cultura brasileira? Essa brasilidade se manifesta nos trabalhos e no dia a dia da agência?

A Tuppi é uma agência de criação brasileira e baiana. Formada por profissionais que já rodaram o mundo e escolheram morar e trabalhar aqui. Quando fundei a Tuppi, há 15 anos atrás, percebi que já existiam muitas agências com siglas e nomes em inglês. Sempre acreditei que a gente não tem só a opção de olhar para fora, quando queremos buscar inspiração.

Como a Tuppi Criatividade, localizada em um polo turístico tão grande, aborda o público local e os turistas para as campanhas publicitárias que desenvolve? Existe alguma diferença na comunicação quando você está conversando com o público local e com os turistas?

É importante sermos claros e objetivos na comunicação com o turista, mas é importante mantermos a nossa essência. Afinal, quem vem pra Bahia, quer se relacionar com os nossos costumes, tradições e também pode aprender um pouco do nosso jeito de ser e de se comunicar.

Qual a sua experiência ao lidar com as particularidades e desafios das regiões em que a Tuppi atua?

Quem atua no mercado local conhece os detalhes, e isso é um diferencial competitivo sobre quem só conhece as regiões por alto. Já liderei projetos específicos para o Nordeste, de marcas do grupo Unilever, como o Sabão em Pó ALA, que desenvolveu uma grande campanha de 25 anos. Atualmente, também desenvolvo um trabalho como Diretor de Criação para marcas do grupo Heineken, como a cerveja Devassa, que esteve presente no Festival de Verão de Salvador e com grandes ações nos Carnavais da Bahia e Pernambuco. Mas acredito que o que credencia a Tuppi para atuar nesse mercado, é a vivência diária com anunciantes, parceiros, veículos e fornecedores locais de pequeno e médio porte.

Existem algumas empresas que optam por fazer a regionalização de marcas para várias lugares ao mesmo tempo. Quais são os principais desafios neste tipo de estratégia?

O principal desafio é fugir dos estereótipos. Se o objetivo é falar com o público nordestino, é importante ter profissionais nordestinos na estratégia, na criação e na aprovação das ideias também. 

Quais conselhos você daria para empresas que desejam adotar uma estratégia de regionalização de marcas?

Que contratem agências locais ou busquem agências que façam parcerias com agências locais. A Tuppi já trabalhou nos dois formatos e posso garantir que é massa, dá super certo.

Finalizando nossa conversa, você acredita que a regionalização de marcas pode contribuir para a construção de uma cultura de respeito, aceitação e valorização das diferenças?

Acredito que a comunicação precisa ser verdadeira para funcionar. O marketing regionalizado pode construir, sim, um movimento de respeito à cultura local. Afinal, sotaque de novela não convence ninguém. As grandes marcas já perceberam que existe muita gente boa e talentosa fora dos grandes centros e, para quem busca ampliar os horizontes, posso indicar duas entidades do mercado baiano que tenho orgulho em fazer ser Diretor: o Clube de Criação da Bahia e o Sinapro-Bahia.

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