Da fragmentação à eficiência: quatro aplicações da IA na gestão de fornecedores no marketing

No segmento de comunicação, no qual inovação, criatividade e velocidade são mandatórios, estratégia e tática, muitas vezes, caminham em ritmos diferentes. Grandes anunciantes agora precisam estar conectados não somente às suas agências globais, mas também a um universo mais fragmentado de fornecedores de serviços de marketing, como hubs criativos, agências independentes, labs de inovação e freelancers. Nesse cenário, esbarram em questões, como: conhecer, contratar e remunerar esse ecossistema fragmentado de maneira simples, segura e em conformidade com as exigências de compliance.

Executiva trabalha no notebook enquanto analisa gráficos de marketing e dados preditivos em um monitor no escritório.
Imagem gerada por IA.

A complexidade na gestão de fornecedores de marketing

Os gerentes de marcas precisam dialogar com uma variedade enorme de fornecedores para acompanhar a velocidade de mudança do mercado. Isso inclui desde iniciativas pontuais, com criadores de conteúdo, até projetos com consultorias especializadas e squads criativos. O resultado? Um volume crescente de curadorias, concorrências, diligências, contratos e pagamentos a serem geridos, gerando ineficiência e perdas financeiras.

Tudo isso se agrava quando entramos em temas como bitributação, regimes tributários distintos, pagamento de fornecedores em outros países e “descasamento” nos prazos de pagamentos de fornecedores.

O papel estratégico das áreas de compras e a adoção de Enterprise Gateway Marketplaces

Essa equação tem se mostrado cada vez mais crítica e, nesse cenário, a área de Compras de Indiretos passou a ocupar uma posição estratégica, precisando trazer para as corporações soluções que combinem automação, controle, compliance e agilidade.

Plataformas focadas em agrupamento de fornecedores, curadoria, workflows específicos, integração e automação de pagamentos de marketing, denominadas Enterprise Gateway Marketplaces (modelo de negócio que cria condições para que as empresas desburocratizem processos de compras corporativas), mostram que é possível transformar um gargalo em vantagem competitiva. A adoção desse modelo em corporações globais e naturalmente complexas tem reduzido custos operacionais, gerando economia nos budgets de marketing e eliminando custos de bitributação.

Inteligência artificial como aceleradora de eficiência operacional

Essas soluções, que atuam como aceleradoras de eficiência operacional na gestão de fornecedores, têm sido potencializadas pela IA. Segundo pesquisa da Mckinsey, 71% dos entrevistados dizem que suas organizações já usam IA generativa regularmente em pelo menos uma função de negócios. Dentre as aplicações, destaco:

– Análise preditivaidentificar padrões de mercado, flutuações cambiais, sazonalidade e prever o melhor momento para comprar, permitindo decisões mais rápidas e assertivas;

– Comparação inteligente de fornecedores: algoritmos podem analisar propostas com múltiplas variáveis (preço, prazo, qualidade, risco), oferecendo uma visão mais precisa e transparente para a tomada de decisão;

– Recomendações de negociação: sugere táticas e argumentos com base em dados históricos e perfis dos fornecedores, aumentando a efetividade das interações e fortalecendo a governança do processo;

Tudo isso representa um avanço significativo para a área de Compras de Marketing, conectando eficiência operacional, inteligência de dados e rigor de compliance com fluxos únicos e integrados.

Originalmente publicado em E-commerce Brasil

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/da-fragmentacao-a-eficiencia-quatro-aplicacoes-da-ia-na-gestao-de-fornecedores-no-marketing

Soundtrends 2025

Soundtrends 2025 é o primeiro relatório de tendências lançado pela área de Sound Data da Soundthinkers.

O estudo investiga de forma aprofundada as inovações e o impacto do som na vida contemporânea, revelando como ele pode influenciar comportamentos, despertar conexões e assumir um papel estratégico no mundo atual. Mais do que trilha sonora, o som é apresentado como ferramenta poderosa para marcas, experiências, cultura e tecnologia.

A publicação destaca quatro macro-tendências sonoras que estão redefinindo o futuro do áudio, além de ilustrar como o som está cada vez mais integrado a produtos, serviços e à construção de identidade das marcas.

O relatório também aborda tecnologias como áudio espacial e interfaces sonoras, e discute o papel crescente do som na criação de vínculos emocionais duradouros entre marcas e pessoas.

Link para download:

https://drive.google.com/file/d/1UPqfPnM_pAmG5DkNukO31GIx-fj-wTjh/view

[Podcast] EP#45. Bruno Stefani

No 45º episódio do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury conversa com Bruno Stefani, uma das principais referências em inovação no Brasil.

Com passagens pelo Itaú e pela Ambev, onde transitou em cadeiras como Open Innovation Lead até Global Innovation Director, hoje ele atua como consultor, investidor, professor e palestrante.

Acredite, essa uma hora de podcast vai te ensinar mais sobre inovação do que muito curso por aí!

Featured Story #56 | alegria®

Marcelo Reis é um dos nomes mais respeitados e premiados da publicidade brasileira, com uma trajetória que inclui algumas das maiores e mais icônicas agências do país. De estagiário na Lew’Lara ao reconhecimento global como um dos diretores de criação mais premiados do mundo, Marcelo construiu uma carreira marcada pela ousadia criativa, liderança próxima e projetos que se tornaram referência para toda uma geração.

Agora, à frente da alegria®, sua nova agência, independente e baseada em um modelo modular e multidisciplinar, ele inaugura um novo capítulo ainda mais alinhado aos valores que sempre defendeu: propósito, excelência criativa, foco no cliente e um ambiente de trabalho saudável, colaborativo e – alegre.

Nesta entrevista, Marcelo compartilha conosco os momentos mais marcantes de sua trajetória, reflete sobre o futuro da comunicação e comenta o que o motivou a empreender após anos em grandes grupos multinacionais. Fala também sobre o papel da liderança, o impacto das transformações no mercado e sobre como marcas podem (e devem) ser mais autênticas em tempos de aceleração tecnológica.

Um relato inspirador para quem, como nós, acredita que estratégia, criatividade, respeito e ousadia são indissociáveis.

Marcelo, olhando para sua trajetória nas maiores agências do país, quais momentos você considera mais marcantes na sua carreira?

Tive a sorte de trabalhar com grandes líderes que me deram a oportunidade de estar próximo aos clientes, executando campanhas importantes. 

Na Lew,Lara, ainda como estagiário e recém-chegado de BH, fui Young Creative 1999, e ganhei meu primeiro Leão de Ouro. Alguns anos depois, de volta à casa do Lew e do Lara, fiz a campanha dos professores de Real Universitário (Banco Real) dirigida pelo Fernando Meirelles. Logo após ele ter feito o filme Cidade de Deus, Fernando só pegava os projetos que amava muito. Foi um momento marcante para mim como redator.

Depois, então como líder de equipe criativa, ganhamos juntos o prêmio de Agência do Ano em Cannes 2009, na DM9DDB. Inesquecível. 

A partir de 2011, já na Leo Burnett Tailor Made, ainda com independência em termos de gestão e operação locais, modelo que durou uns 7/8 anos, vivi momentos históricos. Fomos a agência mais premiada do Brasil em Cannes 2014, com 22 Leões. Fui eleito publicitário do ano pelo Prêmio Colunistas, indicado ao Prêmio Caboré, 2 vezes jurado no Festival de Cannes, fui reconhecido pela Advertising Age como um dos 6 diretores de criação mais premiados do mundo, ganhamos dezenas de contas icônicas e fizemos campanhas memoráveis. Sem contar minha proximidade com Mark Tutssel, líder criativo global, exemplo de seriedade, caráter e eterna insatisfação criativa. Gênio.

O mais importante entre tudo o que fizemos juntos, na Leo pré-pandemia, foi construir uma casa com um clima singular no mercado: leveza, cuidado com as pessoas, diversidade de verdade e, consequentemente, um trabalho que ajudava os clientes a venderem mais. Éramos um time feliz e, por consequência, super eficaz.

Posso dizer que estou sentindo essa excitação novamente abrindo um negócio onde poderei praticar 100% do que acredito. Esse talvez seja o momento mais desafiador e, ao mesmo, tempo bastante divertido.

Você foi responsável por campanhas emblemáticas, como Vem Pra Rua e Meu Sangue é Rubro-Negro. O que torna um trabalho criativo inesquecível — para o público e para quem cria?

Cada trabalho tem sua história e seu desafio. O mais importante é eles terem cumprido seus papéis para os negócios ou as causas que promovem. O que eles têm em comum? A conexão com o momento da sociedade, com a verdade da marca e o direcionamento que a liderança precisava dar a cada negócio. 

Por exemplo: lá em 2002, a Fiat precisava falar como quem olha nos olhos das pessoas, para criar confiança. Tínhamos que deixar a campanha “Tá na Hora de Rever Seus Conceitos” mais madura e realmente em sintonia com público. O inspirador Zé Borghi pediu exatamente isso quando passou o desafio. Dessa premissa, surgiram os filmes com as temáticas “casal de mulheres no encontro da escola”, “marido preto e esposa branca”, “mulher presidente da empresa” e “senhora negra dona da cobertura”. Foi uma tragédia nos grupos de pesquisa do Brasil conservador daquela época. A direção da Fiat disse: “é o que precisamos, vamos fazer.” Mais à frente do tempo, impossível. Sucesso de imagem, vendas e liderança por décadas.

Já o “Vem para Rua” antecipou o zeitgeist do povo brasileiro e, de hino da Copa, se tornou o hino das pessoas. “Enterro do Bentley” foi a primeira guerrilha efetiva de redes sociais do Brasil. O “Faz Carrefour” é especial demais também, pois foi um conceito que veio do comportamento dos clientes e durou mais de uma década, acompanhando o crescimento da marca à liderança no país. Relançamos a Jeep no Brasil com o “Make History” e a marca dominou o mercado.

Em 2023, continuávamos fazendo trabalhos fantásticos, como o “Tweet de Milhões” para a Toro, trolando a GM no BBB. Revivemos o Castelo Rá-Tim-Bum através de um projeto de conteúdo inédito feito para Oreo. 

É isso que proponho oferecer às marcas que escolherem a alegria®, como já fez a OAKBERRY.

Eu acredito em relevância criativa e estratégica para cada tipo de segmento, necessidade de mídia, tamanho de empresa ou solução de negócio. Envolvimento umbilical no desafio no cliente.

Após anos à frente da Leo Burnett TM e passagens por grupos multinacionais, o que motivou seu retorno ao empreendedorismo com a criação da Alegria?

A alegria® nasceu da vontade de fazer do jeito que eu acredito: cuidar das marcas dos clientes sem deixar que o foco se torne a receita de mídia. É como se o arquiteto precisasse faturar com a venda do lote para projetar uma casa moderna, funcional e linda.

Até hoje as agências festejam o ranking de compra de mídia como se isso mostrasse aos clientes que, por essa razão, sua entrega será melhor. Ser primeiro da lista não diz muito sobre sua qualidade criativa e estratégica, pois, com raras exceções, o dinheiro não fica em casa, não é investido em contratação de uma equipe mais sênior e dedicada ao business. Ainda mais com as margens dos grupos multinacionais despencando.

O que mais vemos são times cada vez mais jovens, ganhando pior, fazendo freelas para completar o salário e trabalhando super insatisfeitos, pois quase ninguém está conectado na mesma vibração da liderança que, muitas vezes, nem especialista em comunicação é.

Quero que a alegria® cresça de forma orgânica e equilibrada, para que eu não seja forçado a praticar um modelo que não me dê alegria. Esse desafio é maior do que fazer um grande projeto para uma grande marca. Se, hoje, pudéssemos reunir os talentos que estão disponíveis em uma única agência, ela seria tão eficiente quanto muitas grandes por aí. Mais feliz, certamente.

Por que o nome alegria®? O que ele simboliza nesse novo momento da sua jornada profissional? Ainda: A alegria® nasce com um modelo modular e multidisciplinar. Pode nos contar como isso funciona na prática?

alegria® porque ela anda altamente em falta no mercado, que vem se esquecendo do básico: marca buscando um parceiro com propósitos claros + agência remunerada de forma correta em uma relação de trabalho respeitosa + funcionários sabendo onde estão pisando e entendendo o objetivo do projeto = relações virtuosas, que conduzem a um melhor resultado para o negócio dos clientes. 

Quando nosso sistema deixou de apreciar o negócio da publicidade, tão pujante e inspirador? Parece básico mas não é.

Hoje, a maioria das organizações olham primeiro em como ganhar dinheiro com cliente, depois, o que ele precisa e, então, qual o menor time possível para essa equação funcionar de modo rentável para sua rede e sem atrito.

Estou há 30 anos nessa profissão e, ao pensar as bases conceituais que sustentarão minha própria empresa, não posso defender um modelo truncando como esse. Temos grandes líderes criativos comandando negócios e tentando fazer diferente. Veja os modelos independentes da Monkey-Land, Dark Kitchen, Tech & Soul, Gana, 1111 e cccaramelo entre outras. Profissionais para os quais “só ganhar dinheiro fazendo qualquer tipo de entrega” não preenche, pois o time todo sente que o foco em qualidade é o diferencial.

Por isso o nome, alegria®. Ele reflete bastante da minha personalidade: sou acelerado, pilhado, mas não abro mão da energia positiva e da transparência, pois um objetivo nebuloso com uma liderança fria e sem talento destrói o propósito de uma agência. Quando erro, volto atrás e peço desculpas, pois só assim se cria um ambiente com segurança.

Ser modular é o melhor nesse momento em que o mercado de bons profissionais está pulverizado. E sem leveza e criatividade, uma agência não existe.

Aí viraríamos compradores de mídia, usadores de ferramentas de performance, apresentadores de relatórios, otimizadores de equipe. Eu tô fora desse modelo antigo.

O modelo modular também permite usar o melhor das melhores áreas e fazer parcerias com empresas que entendem 100% do próprio negócio, como as empresas de data, performance, produtoras de IA etc. Ou seja, vou sempre buscar a parceria mais adequada para os desafios das marcas e, à medida que crescermos, vamos ampliando sustentavelmente o time interno. Já temos dezenas de talentos conectados à nossa base. Estou confiante que vai dar certo para os clientes. Para mim, já deu.

O mercado vive um momento de descentralização e especialização, como você mesmo aponta. O que essa transformação exige das marcas — e das lideranças criativas? 

A descentralização era inevitável. Como eu disse, como mais gente especialista, talentosa, experiente e bem treinada à disposição, mais empreendedores iriam surgir. Eu estou passando por isso agora. E ver plataformas como a da BPool ajudando a fomentar o mercado é fantástico, juntando as pontas de empresas sérias e em sintonia.

Ou seja, eu sou mais um especialista focado em entregar o que faço de melhor aos meus clientes: estratégica de comunicação, reposicionamento de marca, conteúdo, design de marca, PR Stunt, sprints para inovação de produtos e serviços com o consumidor no centro, always on, criatividade em varejo e, até, estratégia de mídia. E para o que estiver fora dessas disciplinas, tenho parceiros que me completam, em um modelo ágil e transparente. O que não for meu core é o core de alguém excepcional. Essa é a melhor descentralização que o cliente pode receber.

Fiquei feliz com a quantidade de gente boa que me contatou nas últimas semanas. A alegria® é um recém-nascido. Que ela cresça saudável e feliz. 

Qual o papel da liderança pessoal e próxima no modelo da alegria®? Por que isso é tão relevante hoje?

O papel da liderança continuará sendo o mesmo em que eu acreditava quando estava na Lew, na DM9, na Tailor Made e na Leo. Perto do time, vivendo o cliente 24/7 para economizar etapas, diminuir burocracias e perdas de eficiência. E isso não é um clichê para parecer workaholic. 

Quando se está próximo do processo é possível resolver o problema do cliente na largada, o que evita trabalho perdido, tira da frente até o que não era nem para virar briefing, assim como gera economia ao ser mais assertivo, reduz tempo e protege o budget do anunciante. 

Acredito que ter um líder criativo, também sócio da empresa, vivendo as marcas é melhor do que ter uma liderança operacional que precisa voltar para casa para perguntar como é possível resolver o assunto e com que perfil de time. 

Washington, Jaques, Nizan, Fábio, Marcello, Júlio Ribeiro, os DPZs (triste não poder citar expoentes femininos da época que, infelizmente, não despontaram como eles por N fatores), nos ensinaram que os especialistas cuidam com mais qualidade e certeza do que o clínico geral. E eu acredito que os especialistas estão voltando. Essa frase rende até música, mas seria plágio, e de mau gosto ;-).

O projeto de estreia com a OAKBERRY já levou a alegria® para fora do Brasil. Como foi consolidar a identidade criativa da marca nos Estados Unidos?

Trabalhar para uma marca com a qual me identifico e consumo é muito especial. Com a OAKBERRY, interajo como parceiro e, também, na relação de cliente. Quando me convidaram para ajudar a repensar, a partir do DNA criativo da empresa, um novo jeito de se comunicar para o consumidor americano e global, eu me senti desafiado 2 vezes: como publicitário e consumidor de açaí.

A alegria® nasceu com esse modelo leve que pode estar em qualquer país e trabalhar com qualquer cliente. Já estou desenvolvendo outros trabalhos para clientes nacionais e regionais no formato de projetos, portanto, parece que os clientes estão abertos a experimentar. Espero logo poder contar as novidades.

8. Você também é professor na ESPM. O que tem aprendido nessa troca com as novas gerações?

A ESPM será a junção de tudo isso que está acontecendo na minha vida ao mesmo tempo, mas em forma de aula. Desenvolvi um curso bem prático e que contará com minha dedicação pessoal para cada aluno. É superexclusivo e interativo, voltado para profissionais de todos os estados que queiram se programar para estar por aqui em agosto. Se forem 10 alunos na sala, serão 10 cursos únicos. 

Sempre tive esse incômodo sobre quem chega ao topo não ensina ninguém, pois não tem tempo, não tem interesse ou não acha financeiramente significativo.

Nas agências as lideranças não param para explicar para quem está chegando, como funciona o sistema, e falo isso por mim. Eu não tinha tempo.

Num mundo repleto de gurus e charlatões dando cursos virtuais baratos e rápidos sobre algo que estudaram por alto, mas não praticaram, preferi fazer ao vivo, ao lado, bem perto. Estou empolgadíssimo e honrado de me conectar à ESPM, sinônimo de excelência. 

Na sua visão, para onde caminha o futuro da comunicação? O que permanece essencial, mesmo em meio a tantas transformações?

Para falar do futuro, volto ao passado: nada substitui uma boa mensagem. Mídia não é nada sem conteúdo. Está na hora de valorizarmos novamente os criadores de mensagem. Fazer uma postagem digital é bem diferente de comunicar, engajar e, principalmente, seduzir. 

Num mundo abarrotado de mensagens, onde pessoas comuns no TikTok, no Reels, no Shorts, no Kwai dão aula de produção de conteúdos divertidos, chocantes, emocionantes, verdadeiros, IA que engajam milhões, mas que, também, são sem muita regra e sem limites; a comunicação de marcas precisa se reinventar muito para ser relevante e memorável.

Competir com a criatividade das pessoas reais é insano. Vide o que virou o mercado milionário de creators. Você abre os apps e fica hipnotizado. Eu amo e aprendo com o comportamento humano todos os dias. É por isso que, nunca antes na história desse país, se precisou tanto de bons criativos.

Merda para nós.

ESG como força de marca: da reputação ao impacto real

Por muito tempo, ESG foi visto como um assunto periférico — algo que dizia respeito ao setor de compliance, às áreas técnicas ou à parte “verde” da empresa. Mas o tempo mostrou o óbvio: a reputação de uma marca está diretamente ligada ao impacto que ela gera no mundo.

Como mulher, criadora e líder executiva na Roda Trade, vejo diariamente que ESG não é apenas uma demanda externa — é uma exigência interna de coerência entre discurso e prática. E quando marcas falham nessa coerência, o público percebe. E responde.

Hoje, consumidores e colaboradores esperam mais do que boas campanhas: esperam posicionamento com consequência. Investidores avaliam riscos ambientais e sociais com o mesmo peso que olham para números financeiros. E talentos escolhem empresas alinhadas a seus valores. O impacto — positivo ou negativo — da nossa comunicação e das nossas escolhas está no centro da conversa. A reputação tornou-se uma construção viva, alimentada por cada ação da marca.

ESG não é só sobre meio ambiente

É comum que, ao falar de ESG, pensemos imediatamente em questões ambientais. Mas ESG é um tripé que inclui também o impacto social e a forma como a empresa é gerida (a tal da governança). Ou seja, estamos falando de ética, transparência, diversidade, inclusão, relações com comunidades e, claro, sustentabilidade. Tudo isso diz respeito à forma como a marca se posiciona, se comporta e é percebida.

E aqui está o ponto: a comunicação não pode estar dissociada dessa realidade. Pelo contrário, ela é o fio condutor que dá voz a esse posicionamento — ou que escancara quando ele não existe.

A oportunidade para CMOs e decisores

Num cenário em que confiança é a nova moeda de troca, os CMOs assumem um papel mais estratégico do que nunca. A responsabilidade de construir marcas que performam e, ao mesmo tempo, geram valor social e ambiental está cada vez mais nas mãos das lideranças de marketing. Não se trata mais de escolher entre propósito e resultado. O resultado agora depende do propósito.

O consumidor moderno está mais informado, sensível e crítico. Ele quer saber como foi feito, por quem foi feito, a que custo e com qual intenção. E é aqui que entra o diferencial competitivo das marcas com estratégias ESG bem desenhadas. Uma análise da McKinsey mostrou que marcas que obtêm mais da metade de suas vendas de produtos com alegações relacionadas a ESG desfrutam de taxas de repetição de compra entre 32% e 34%, enquanto aquelas com menos de 50% dessas vendas alcançam taxas abaixo de 30%.

Na Roda Trade, essa consciência já é prática. E foi exatamente dessa inquietação que nasceu o Recompense, a primeira plataforma de premiação do mundo que compensa as emissões de carbono geradas no processo de entrega de recompensas e gifts. A lógica é simples: sabemos que o mercado promocional e de incentivo gera impacto ambiental. Só com a entrega física de gifts e kits são emitidas quase 100 toneladas de carbono por ano. Por que não fazer a diferença?

O Recompense surgiu como uma solução concreta, que une engajamento de marca, inovação e responsabilidade ambiental. A cada ação realizada com a plataforma, o impacto da cadeia logística é calculado e neutralizado. O resultado é uma entrega mais leve — para o cliente e para o planeta. Essa é a força do ESG na prática: ele transforma ações comuns em símbolos de compromisso real.

ESG como novo branding

Para as empresas que fazem parte de um ecossistema que respira criatividade, inovação e colaboração — o caminho do ESG é natural, mas exige intenção. Implementar práticas sustentáveis, pensar em diversidade com consistência, buscar parceiros que operam com responsabilidade ambiental e social, tudo isso constrói, diariamente, o valor da marca.

A reputação hoje é construída em rede. E mais do que nunca, precisamos de marcas que se posicionam com verdade, que assumem responsabilidades e que agem com transparência. Quando criamos o Recompense, não estávamos apenas respondendo a uma demanda de sustentabilidade. Estávamos propondo uma nova forma de fazer — mais ética, mais consciente e mais coerente com o mundo que queremos ajudar a construir.

Por Tatiana Wong, Diretora Executiva da Roda Trade

Imagem: Pixabay





[Podcast] EP#44. CÍRCULO DE AGÊNCIAS INDEPENDENTES

No episódio 44 do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury recebe líderes de agências, que – entre outras dezenas de profissionais –  se juntaram num movimento grassroots batizado de Círculo de Agências Independentes.

Vem com a gente para ouvir mais sobre esse movimento, que conta com o apoio e entusiasmo da BPool.

Nossos convidados são: Ana Clara Costa, da The Juju, Felipe Silva, da Gana, Ale Alves, da CL.Ag e Toni Fernandes, da Monkey-land.

Featured Story #55 | From

En un mercado saturado de discursos, formatos y fórmulas repetidas, la agencia From nace con una propuesta clara: ayudar a las marcas a conectar con las nuevas generaciones combinando creatividad, tecnología y una mirada estratégica profundamente humana.

Fundada por Bruno Petcho, Chelo Waintraub y Pablo Marqués, la agencia ha sabido construir un modelo colaborativo y multicultural, con equipos distribuidos entre Montevideo, Ciudad de México, Buenos Aires, São Paulo, Ámsterdam y Barcelona.

En esta entrevista, Bruno comparte la chispa que dio origen a From, reflexiona sobre cómo equilibrar consistencia con innovación, y comenta cómo han logrado convertir videojuegos en plataformas de lanzamiento para marcas globales.

Também fala sobre os desafios da indústria, o papel da inteligência artificial, a importância da inclusão e o que o futuro reserva para quem ousa ir além do óbvio.

  • From nació con una propuesta distinta en el mercado. ¿Cuál fue la chispa inicial y qué problemas buscaban resolver en la industria de la publicidad?

Con Chelo empezamos a trabajar juntos hace varios años, desde mucho antes de lanzar From. Ya en los primeros proyectos hablábamos de la idea de armar una agencia que pudiera resolver los distintos desafíos regionales de las marcas. Vimos una oportunidad en ayudar a las empresas a conectar con las nuevas generaciones combinando creatividad con tecnología.

  • ¿Cómo se equilibra en From la mirada estratégica con la búsqueda constante de innovación en formatos, lenguajes y narrativas?

Para nosotros la estrategia es la base. Si bien algunas ideas pueden partir de observaciones basadas en un contexto determinado, para que realmente funcionen, tienen que acompañar la estrategia de la marca. Pensamos mensajes que conecten con las personas, no importa el lugar. Puede ser a través de un out of home interactivo, dentro del MOD de un videojuego, o mediante un contenido de real time durante un evento deportivo global. Más allá del cómo, lo que buscamos es encontrar un mensaje relevante que conecte con la gente. 

  • Ustedes trabajan con marcas que exigen consistencia, pero también originalidad. ¿Cómo construyen experiencias de marca memorables sin caer en fórmulas repetidas?

Es un desafío enorme para todo el equipo. Todos los días aparece una herramienta nueva, un formato distinto, o un estudio que describe al detalle los hábitos de una nueva generación. Hay que tratar de entender que hay detrás de cada tecnología y lograr seguir el ritmo de las etapas de innovación. Es fundamental identificar los patrones de consumo de cada plataforma. Si la marca sigue al pie de la letra cada uno de esos patrones, seguramente el contenido no va a estar mal. Pero lo interesante sucede solo cuando la marca no sigue ninguno de esos patrones y logra ampliar los límites de lo que ya conocíamos. 

  • ¿Qué rol cumple la colaboración —ya sea con otras agencias, talentos independientes o clientes— en la manera en que operan?

Es parte de nuestra esencia. Para cada proyecto invitamos a colaborar a amigos de otros mercados. Trabajamos con duplas de planners y creativos que viven en Amsterdam, Ciudad de México, Buenos Aires, San Pablo y Barcelona. Contar con profesionales distribuidos en distintas partes del mundo nos permite sumar una mirada global a cada una de nuestras oficinas, tanto a la de Montevideo, como a la de CDMx. 

  • ¿Pueden compartir un caso reciente que refleje bien la visión y el ADN de From? ¿Qué lo hizo especial?

Teníamos el desafío de lanzar una nueva edición de la Hyundai Tucson, una de las SUV líderes en LATAM. Una investigación revelaba que la seguridad es uno de los principales drivers a la hora de elegir una SUV. Y la nuestra venía equipada con un nuevo sistema de seguridad, el Hyundai SmartSense: un sistema de sensores y alarmas que convirtió a la Tucson en una de las camionetas más seguras. Para comunicarlo elegimos hacerlo en uno de los lugares más peligrosos del mundo. Ese lugar resultó ser un juego y no una ciudad real. Presentamos la nueva Tucson dentro de un MOD del GTA. Y desarrollamos la primera camioneta del juego imposible de chocar. La acción se volvió viral entre streamers e influencers. Las búsquedas del modelo aumentaron un 69%, impactando de forma positiva en las ventas. 

  • ¿Qué cambios perciben en la manera en que las marcas se relacionan con las personas hoy? ¿Qué desafíos trae eso para quienes diseñan experiencias de marca?

Las personas están buscando ser -cada vez más- parte del relato de las marcas. Ya no solo quieren escuchar sus historias, ahora piden ser los protagonistas. Esto presenta una gran oportunidad para que las marcas desarrollen experiencias interactivas con las personas haciéndolas parte de su mundo. Las empresas que lo hagan mejor van a dejar de tener solamente personas que consuman sus productos o servicios, y pasarán a contar con personas que estén realmente enamoradas de sus marcas. El vínculo con las marcas va a pasar a ser cada vez más emocional. Y las decisiones de compra también. 

  • Cuando miran hacia el futuro de la publicidad, ¿qué tendencias les entusiasman más —y cuáles creen que ya deberíamos estar dejando atrás?

La AI está empujando a la industria a repensar ciertas dinámicas, pero no va a dejar de ser más que una herramienta. Tenemos que implementarla y usarla de forma sistemática, pero ya podríamos empezar a hablar de algo más que solo de AI. Otras tecnologías como la realidad aumentada o la realidad virtual tienen un gran potencial de desarrollarse para que las marcas sigan creando experiencias inmersivas. Dejando de lado lo tecnológico, creo que debemos seguir hablando de algunos temas estructurales de la industria, como los gaps que siguen habiendo en términos de género, diversidad, e inclusión. 

AI Tools for Transforming Personal Productivity and Unlocking Creativity

Guest Author: David S. Tufts / Innovation Leader at Gordon Food Service

Picture this: It’s 7 AM, I’m staring at my laptop with a project deadline looming, a backlog of emails demanding attention, and a team meeting in an hour that I haven’t prepared for. Five years ago, this would have triggered a stress response and a desperate dash for more coffee. Today? I take a deep breath, open my suite of AI tools, and begin a collaborative dance that transforms my workflow.

But this isn’t just about checking tasks off a list faster. The revolution happening at our fingertips goes deeper—it’s reshaping how we think, how we create, and how we connect with each other. As an IT Manager, I’ve witnessed firsthand how these tools have fundamentally changed not just what I can accomplish but how I approach problems, both professionally and personally.

Today, I want to share this journey—from initial experimentation to discovering a new kind of synergy between human creativity and artificial intelligence—and explore how these tools are transforming two critical dimensions of our lives: personal productivity and creative potential.

The Evolution of My AI Toolkit

My relationship with AI productivity tools began like many others—with curiosity. In early 2021, when Jasper.ai launched with its foundation on OpenAI’s GPT API, I was immediately intrigued by its potential. I created an account and began experimenting with it for personal creative writing projects, amazed at how it could help overcome writer’s block and generate fresh perspectives. Then, when OpenAI launched ChatGPT in late 2022, I quickly switched over, drawn by its lower monthly subscription options. This early adoption gave me a front-row seat to the evolution of these technologies, allowing me to integrate them into my workflow even before they became mainstream tools.

The Foundation: Brainstorming and Writing

ChatGPT quickly evolved from a novelty to an indispensable brainstorming partner. Where I once stared at blank documents waiting for inspiration, I now engage in rapid-fire dialogues that unlock ideas I hadn’t considered.

I’ve further personalized this experience by creating Custom GPTs tailored to specific roles in my workflow. For example, I have a Custom GPT that thinks like a project manager, helping organize complex initiatives and offering structured approaches to planning.

The Specialist Layer: Creative Development and Coding

Claude Sonnet has become my go-to for tasks requiring more nuanced thinking. I’ve found myself relying on Claude’s Projects feature when wrestling with complex code architecture problems for an app that I’m developing as a personal side-project. After describing an issue to Claude, within minutes, we were exploring solutions I hadn’t considered.

In its latest iteration, Claude 3.7 Sonnet, has taken this collaboration to new heights. Last month, Claude helped me refactor a particularly challenging piece of code, reducing complexity while improving performance. The cognitive load this removed was significant—allowing me to focus on strategic decisions rather than getting bogged down in implementation details. It’s fascinating how this partnership with an AI coding tool has changed my approach to problem-solving.

The Knowledge Layer: Research and Collaboration

Perplexity has transformed how I conduct research. Before, I could spend hours sifting through search results, attempting to synthesize information from disparate sources. Now, Perplexity does this heavy lifting, providing comprehensive answers with clear citations.

This shift allows me to delegate information processing tasks to external tools, freeing up cognitive bandwidth for higher-level thinking. Just as calculators extended our mathematical capabilities, this AI research tool extends my ability to process and synthesize complex information efficiently.

The Expressive Layer: Visual Content and Communication

Midjourney entered my toolkit when preparing for a coaching and mentoring curriculum and presentation. Instead of using stock images, I generated visuals that precisely captured complex concepts with rich, tailored imagery. The improvement to the slide deck were immediately noticeable.

The Workflow Layer: Productivity Suite Integration

Gemini has seamlessly integrated AI assistance into our Google Workspace environment. By embracing AI assistance directly inside my daily productivity tools, I don’t need to context-switch; help is available right where I’m already working. For example, the “Help me write” feature in Gmail has measurably improved my communication efficiency, reducing email composition time by nearly 30%.

The Innovation Layer: Experimental and Development Tools

OpenRouter and Bolt.diy represent the cutting edge of my AI toolkit. These tools allow me to experiment with different models and applications, particularly for a personal app development project using Google’s Flutter. By maintaining this experimental layer in my toolkit, I continue to discover new possibilities and prevent stagnation in my AI adoption journey.

Personal Productivity Transformation

The most obvious benefit of AI integration has been productivity gains. But what’s less obvious—and more profound—is how these tools have transformed my relationship with time and attention.

Before integrating AI tools, I followed conventional productivity wisdom: block time, prioritize tasks, and minimize distractions. While effective, this approach had diminishing returns. There are only so many hours in a day, and only so much faster you can work before quality suffers.

AI tools shifted this paradigm from time management to attention amplification. Instead of just working faster, I now work differently. For instance, when creating a strategic brief for a complex technology project:

  1. I use ChatGPT to develop a detailed implementation strategy and to rapidly generate an initial structure
  2. Perplexity helps research industry trends and competitive landscapes
  3. Gemini helps create a rough draft directly inside of Google Docs
  4. Midjourney creates rich visuals that help communicate concepts
  5. Claude Sonnet helps to craft the perfect final draft with a flair of creative writing

This process doesn’t just save time—it transforms the quality of my thinking by allowing me to operate at a higher level of abstraction. I’m no longer constrained by my working memory or processing speed; the AI handles the mechanical aspects while I focus on judgment, synthesis, and creative direction. Our brains can only consciously process a limited amount of information at once. By offloading certain cognitive tasks to AI, we expand this bottleneck, allowing for more complex thinking.

Unlocking Creative Potential

Beyond productivity gains, these AI tools have dramatically expanded my creative capabilities. The traditional creative process often involves overcoming initial barriers—the intimidating blank page, the fear of producing mediocre work, and the limitations of our own experience.

AI tools function as creativity accelerants by:

  • Bypassing creative blocks: When facing writer’s block or design challenges, tools like ChatGPT and Claude offer immediate starting points and alternative perspectives
  • Expanding aesthetic possibilities: Midjourney allows me to visualize concepts I could never have created manually, expanding my visual vocabulary
  • Encouraging experimentation: The low cost of iteration with AI tools means I can explore multiple creative directions quickly, trying approaches I might have dismissed as too time-consuming

In one recent project developing training materials, I created seven different narrative approaches using Claude in less than an hour—a process that would have previously taken days. This ability to rapidly prototype creative work has fundamentally changed how I approach creative challenges.

From Individual Tools to AI-Augmented Organizations

As these tools transform individual productivity and creativity, they’re beginning to reshape organizational structures and workflows. We’re just beginning to understand the potential of human-AI collaboration. The organizations that will thrive won’t be those that simply deploy the most advanced AI tools but those that most thoughtfully integrate them into their human systems.

When I first began experimenting with Jasper.ai in 2021, I couldn’t have imagined how completely it would transform my work life. From those tentative beginnings to today’s integrated ecosystem of AI tools, the journey has been one of continuous discovery.

What I’ve learned is that the question isn’t whether AI will change how we work—it already has. The real question is how we adapt our organizations, workflows, and mindsets to harness these tools in ways that enhance our humanity rather than diminish it.

The future belongs not to organizations that deploy AI as a cost-cutting measure or productivity hack but to those that reimagine work as a human-AI partnership—where technology handles the routine, the predictable, and the computational, freeing humans to focus on what we do best: imagine, connect, and create.

This isn’t just about building more efficient organizations; it’s about creating more fulfilling work lives. It’s about spending less time on digital drudgery and more time on meaningful challenges. It’s about augmenting our capabilities while honoring our humanity.

[Podcast] EP#42. Brisa Vicente

No 42º episódio do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury conversa com a Brisa Vicente. A Brisa, junto com o Felipe Simi, comandou a bem-sucedida trajetória da Soko, até o momento da fusão com a Droga5, onde ela ocupa o cargo de CoCEO.
Cultura, propaganda, negócios e até OVNIs são alguns dos temas do papo com ela. Não perca!

🎧 Ouça o episódio completo nas principais plataformas de streaming.