No 49º episódio do B IS THE NEW A — The Podcast, Davi Cury recebe Thiego Goulart, fundador e CEO da Makers, uma comunidade que tem transformado a maneira como líderes de marketing se conectam, trocam experiências e evoluem juntos.
Não perca!
Por Rennê Nunes, CEO da UP Lab e conselheiro do Sistema B Brasil
A gente escuta o tempo todo que sustentabilidade é importante. Mas o que poucas empresas percebem é que ela também é estratégica — e já impacta diretamente o valor das marcas no mercado.
Segundo a Kantar, até 10% do valor de uma marca global pode vir da forma como ela é percebida em relação à sustentabilidade. E não estamos falando só de reputação: estamos falando de diferencial competitivo, de preferência do consumidor e de crescimento consistente.
Marcas que crescem não são mais apenas as que comunicam bem. São as que entregam valor real para o mundo — e conseguem mostrar isso com clareza, consistência e coragem.
E aqui vai um ponto fundamental: sustentabilidade não funciona como acessório. Não pode ser apenas um selo no rodapé ou um post no Dia da Terra. Para gerar valor, ela precisa estar conectada com a essência da marca, com os desafios sociais e ambientais dos tempos em que vivemos, fazer parte da entrega, da cultura e da estratégia.
A mesma pesquisa aponta que metade das pessoas já viu informações enganosas sobre sustentabilidade vindas de empresas. Ou seja: comunicar mal custa caro. Marcas relevantes são as que sabem contar suas histórias com criatividade, sensibilidade e, acima de tudo, com verdade.
Na UP Lab, temos visto como uma comunicação de impacto bem construída transforma percepções, mobiliza públicos e abre portas. Compartilho uma mensagem que aprendi na caminhada como empresa B certificada: não adianta ser a melhor empresa do mundo se a gente não for melhor para o mundo.
Outro dado poderoso: marcas percebidas como sustentáveis cresceram 20% mais em quatro anos do que aquelas com baixo foco em sustentabilidade. Sustentabilidade, nesse cenário, não é custo — é investimento em reputação, resiliência e relevância.
Mas isso exige escolhas. Exige foco. Exige abandonar o greenwashing e assumir um papel de liderança. Significa agir com responsabilidade em toda a cadeia e inspirar transformações no seu setor.
Empresas que desejam fazer parte do futuro precisam deixar de tratar sustentabilidade como uma pauta paralela. Ela é — ou deveria ser — parte do seu core business, da sua identidade e da sua relação com o mundo.
E mais do que isso: a urgência do nosso tempo pede mais do que sustentabilidade — pede regeneração. Não se trata apenas de mitigar impactos, mas de gerar impacto positivo, criar valor restaurando, cuidando, reparando o que foi degradado. É uma nova forma de pensar produtos, serviços e fazer negócios, mais ambiciosa, mais corajosa e mais conectada com a vida em suas diferentes formas.
Sustentabilidade (e regeneração) é uma história que a sua marca está contando agora — e que vai ser lembrada lá na frente.
Sua empresa gera impacto positivo na vida das pessoas e do planeta?
Como sua marca ajuda a (re)construir um mundo melhor?
Se a sua empresa tivesse que escolher qual legado deixar, qual seria?
A resposta a essas perguntas é o começo de uma conversa necessária — com o mercado, com as pessoas e com o planeta.
5 perguntas para DZ Estúdio
A IA e a automação são componentes essenciais do contexto da comunicação hoje. Mas, para conseguir usar todo o potencial da tecnologia, ainda precisamos de humanos no controle. Humanos com senso crítico, repertório e entendimento do negócio, de pessoas, do contexto cultural. Caso contrário, tudo fica superficial, parecido, sem personalidade e sem consistência.
O “Digital que robô não faz” expressa a nossa forma de fazer comunicação: valorizando o pensamento estratégico, o envolvimento com o cliente, com o público do cliente e com os temas emergentes da sociedade, para ajudar as marcas a navegarem nesse mundo cheio de tecnologia. E, claro, ancorado em 20 anos de experiência em comunicação e aproveitando o melhor da IA e de outras ferramentas que se proliferam.
Esses dias ouvi o termo “Human-led, AI-powered”, dito por Jimmie Stone, VP e global head de Creative Shop da Meta, em uma palestra. Acho que sintetiza bem o momento. A tecnologia multiplica o impacto, mas só o humano dá sentido.
O modelo SaaP surge de uma dor que identificamos no mercado: profissionais de marketing muitas vezes não conseguem aproveitar o melhor de suas agências. Então, criamos formas de facilitar o acesso do cliente ao que ele realmente quer comprar. Pode ser só estratégia, pode ser só uma campanha, só a gestão de mídia, ou tudo junto. Isso serve para contratações por job ou mesmo em contratos mais longos.
O grande desafio é fazer o match entre a necessidade do cliente e o serviço correspondente. Assim como as agências não costumam ofertar seus serviços de forma tão simples e direta, os clientes também não estão acostumados a comprar assim. Tem um caminho pela frente, mas é uma lógica que vem sendo bem recebida.
Do ponto de vista operacional, precisamos de um modelo flexível e ágil para absorver essas demandas e entregar com qualidade. Fizemos algumas mudanças, como a adoção de “círculos”, que são equipes temporárias para atender cada projeto. Tem sido um movimento bem interessante.
O Rumos Mais Pretos é um programa pioneiro criado pela DZ em parceria com a UFRGS que hoje reúne cinco universidades e mais de 15 agências no RS. Tornou-se um ecossistema de referência na inclusão de pessoas negras no mercado da comunicação, reconhecido com o Prêmio Diversidade em Prática, da Blend.Edu, em 2024.
Temos orgulho dessa trajetória, mas nossa atuação em Diversidade, Equidade e Inclusão vai além. Um exemplo é o Coletivo Diversidadz, grupo autônomo com recursos garantidos pela DZ para promover ações de letramento ao longo do ano, como o Mês do Orgulho e o Festival Pretinhosidadz, no mês da Consciência Negra.
Desde 2023, seguimos metas ESG para ampliar nossos avanços. Já conquistamos a presença de uma pessoa negra no board de lideranças, a criação de um canal de escuta e denúncia, um código de conduta para colaboradores e fornecedores, e pesquisas de clima voltadas a mulheres e à comunidade LGBTQIAPN+. Também somos membros do Pride Connection e parceiros de iniciativas como o Centro da Juventude Cruzeiro, Gurizadaí, Festival Morros do Futuro e Projeto Ajuda Trans.
Hoje, nosso time é composto por 66% de mulheres, 41% de pessoas LGBTQIAPN+ e 27% de pessoas negras. Seguimos comprometidos em evoluir nessa agenda, certos de que um time plural entrega mais valor, dentro e fora da agência.
A DZ nasceu em 2005, meses antes do YouTube. A gente costuma dizer que evoluímos junto com o digital, absorvendo cada nova disciplina que surgia e continua surgindo. Essa capacidade de reinvenção é uma parte essencial do nosso DNA. Por conta disso, sempre fomos aliados dos clientes para ajudá-los a navegar e evoluir em um mundo cada vez mais digital. Aliás, hoje fazemos bastante coisa offline — sabemos que está tudo misturado — mas a mentalidade vem da essência digital. Além isso, a DZ sempre se destacou pelo olhar humano. Isso se materializa em entregas de estratégia, criação e ativação que têm um cuidado e uma profundidade que se diferenciam em um cenário bastante repetitivo e comoditizado que vemos hoje. Mais uma vez, é isso que significa o “Digital que robô não faz”.
Em meio a tantas dúvidas e possibilidades, o que está muito claro é que precisamos ser parceiros estratégicos dos clientes. Estar próximos, entender o que eles precisam. O desafio dos gestores de marketing de lidar com a pressão desse mundo cheio de ruído não é nada fácil. Tudo está fragmentado, parecido, superficial e incrivelmente rápido. Mas as agências podem ajudar.
As agências têm algo de especial: a capacidade de dar essa profundidade, sentido e emoção à comunicação das marcas. É o que dá originalidade ao trabalho feito com IA. É o que oxigena o que é feito in house. Na DZ a gente faz isso com envolvimento, conexão humana e consistência há 20 anos e pretendemos seguir fazendo pelos próximos cinco, dez, vinte…
No 48º episódio do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury recebe Guilherme Pierre (CEO) e Tiago Trindade (CCO), sócios da Digital Favela.
Eles contam como a empresa nasceu, explicam por que a favela não é nicho, mas mercado central, e compartilham dados e percepções que ainda passam despercebidos pelo mercado. Falamos também sobre impacto cultural e econômico, os desafios dos algoritmos para creators da favela, a relação das marcas de luxo com esse território e os próximos passos da Digital Favela.
Dá o play e entra nessa conversa que está mudando a lógica do mercado.
No 47º episódio do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury recebe Luiz Menezes.
Apresentador, consultor e creator, Luiz é o fundador da Trope e tem feito muito millennial repensar os estigmas associados à GenZ.
Cultura, relação com o trabalho, creator economy são alguns dos temas abordados. Não perca!
R: O nome cccaramelo nasceu do nosso maior desafio: tentar explicar o que a gente é. Uma agência full service? Uma agência de talentos que pensa artistas e creators como marcas? Uma collab criativa entre cultura pop, estratégia e entretenimento? Um A.I. creator que entrega craft com tecnologia? A verdade é que somos tudo isso.
O nome caramelo traduz bem essa mistura: um vira-lata, sem raça definida.
E que, por sorte, também é um dos maiores ícones da cultura pop brasileira.
o caramelo está em todo lugar: dos memes ao boteco de sinuca do interior.
Já o “cc” vem de collab criativa, porque é assim que a gente gosta de trabalhar: sempre colaborando para criar projetos incríveis.
R: A independência nos permite operar com mais coragem, mais agilidade e mais verdade. A gente não responde a comitês. Responde à cultura.
Ser independente é não seguir uma lógica industrial. É poder decidir com quem e como trabalhar. É ter liberdade criativa real, e não a que cabe numa planilha financeira.
Também é uma posição de escuta ativa: porque quem não tem rede de proteção precisa ter radar. E isso faz a gente estar mais próximo das pessoas e do que está acontecendo de verdade.
Enquanto algumas agências defendem processos, a gente defende ideias que conectam com o público. Como gostamos de falar aqui, o cliente do nosso cliente sempre tem razão.
R: A cccaramelo é uma collab criativa que junta estratégia, cultura pop e craft. Misturamos talentos de origens muito diferentes: da publicidade ao entretenimento. Da cultura pop à tecnologia. Tudo isso para entregar ideias que colam no presente e constroem valor de marca no longo prazo.
Nossos processos são acelerados pela inteligência artificial, mas o que define nossa entrega é o olhar. Porque a ferramenta todo mundo tem. O diferencial está no ponto de vista, na curadoria, na sensibilidade e no craft.
A Acid (@theacidtimes) é uma empresa parceira e independente, que nasceu como uma página editorial que mistura estética nonsense e humor no Instagram, uma das primeiras a explorar criativamente a IA em 2023. Juntas, Acid e cccaramelo unem estratégia e produção visual, combinando sensibilidade, linguagem, craft e tecnologia. A IA acelera nossos processos, mas o que define a entrega é o olhar. Seja num filme gerado por IA ou um post no TikTok, aplicamos o mesmo cuidado. A cccaramelo traz a estratégia e as ideias. A Acid potencializa visualmente, com uma abordagem de produção que cruza conteúdo, design, estética e tecnologia. Ambas com criatividade.
R: O futuro da comunicação é cultural, não apenas publicitário. Marcas que antes interrompiam, agora precisam entreter mais do que nunca. E isso precisa urgente deixar de ser um recurso e virar realidade.
A atenção virou a moeda mais valiosa. E ela não se conquista com volume, mas com relevância. Quem não fizer parte da cultura vai ficar fora da conversa. A gente acredita que o futuro pertence às marcas que sabem se posicionar como criadoras, e não apenas anunciantes.
A IA vai transformar (já está transformando) a forma de produzir. Mas ela é só ferramenta. E ferramenta todo mundo tem. O que vai fazer diferença é o ponto de vista e o craft com que essa visão é executada.
R: A BPool é o que a nova comunicação precisa ser: uma ponte mais curta entre quem tem uma boa pergunta e quem tem uma boa resposta.
Ela dá escala ao pensamento independente. Abre portas que, por estrutura, estariam fechadas.
Pra cccaramelo, estar na BPool é estar num ambiente que entende valor antes de volume. Que reconhece talento antes de headcount. E que está disposto a testar o novo com quem tem repertório pra sustentar o risco.
É um match real: feito de afinidade, propósito e vontade de fazer diferente.
Em junho de 2025, Davi Cury (BPool), Guilherme Jahara (Dark Kitchen Creatives), Luciana Haguiara (Nation) e Felipe Silva (Gana) palestraram no festival Cannes Lions sobre o cenário das agências independentes Brasileiras. De volta a São Paulo, os quatro se reuniram para contar da experiência, bastidores e repercussão.
Não perca!
Para assistir ao painel Independent and Bold: The New Age of Boutique Agencies na íntegra:
No segmento de comunicação, no qual inovação, criatividade e velocidade são mandatórios, estratégia e tática, muitas vezes, caminham em ritmos diferentes. Grandes anunciantes agora precisam estar conectados não somente às suas agências globais, mas também a um universo mais fragmentado de fornecedores de serviços de marketing, como hubs criativos, agências independentes, labs de inovação e freelancers. Nesse cenário, esbarram em questões, como: conhecer, contratar e remunerar esse ecossistema fragmentado de maneira simples, segura e em conformidade com as exigências de compliance.

Os gerentes de marcas precisam dialogar com uma variedade enorme de fornecedores para acompanhar a velocidade de mudança do mercado. Isso inclui desde iniciativas pontuais, com criadores de conteúdo, até projetos com consultorias especializadas e squads criativos. O resultado? Um volume crescente de curadorias, concorrências, diligências, contratos e pagamentos a serem geridos, gerando ineficiência e perdas financeiras.
Tudo isso se agrava quando entramos em temas como bitributação, regimes tributários distintos, pagamento de fornecedores em outros países e “descasamento” nos prazos de pagamentos de fornecedores.
Essa equação tem se mostrado cada vez mais crítica e, nesse cenário, a área de Compras de Indiretos passou a ocupar uma posição estratégica, precisando trazer para as corporações soluções que combinem automação, controle, compliance e agilidade.
Plataformas focadas em agrupamento de fornecedores, curadoria, workflows específicos, integração e automação de pagamentos de marketing, denominadas Enterprise Gateway Marketplaces (modelo de negócio que cria condições para que as empresas desburocratizem processos de compras corporativas), mostram que é possível transformar um gargalo em vantagem competitiva. A adoção desse modelo em corporações globais e naturalmente complexas tem reduzido custos operacionais, gerando economia nos budgets de marketing e eliminando custos de bitributação.
Essas soluções, que atuam como aceleradoras de eficiência operacional na gestão de fornecedores, têm sido potencializadas pela IA. Segundo pesquisa da Mckinsey, 71% dos entrevistados dizem que suas organizações já usam IA generativa regularmente em pelo menos uma função de negócios. Dentre as aplicações, destaco:
– Análise preditiva: identificar padrões de mercado, flutuações cambiais, sazonalidade e prever o melhor momento para comprar, permitindo decisões mais rápidas e assertivas;
– Comparação inteligente de fornecedores: algoritmos podem analisar propostas com múltiplas variáveis (preço, prazo, qualidade, risco), oferecendo uma visão mais precisa e transparente para a tomada de decisão;
– Recomendações de negociação: sugere táticas e argumentos com base em dados históricos e perfis dos fornecedores, aumentando a efetividade das interações e fortalecendo a governança do processo;
Tudo isso representa um avanço significativo para a área de Compras de Marketing, conectando eficiência operacional, inteligência de dados e rigor de compliance com fluxos únicos e integrados.
Originalmente publicado em E-commerce Brasil
O Soundtrends 2025 é o primeiro relatório de tendências lançado pela área de Sound Data da Soundthinkers.
O estudo investiga de forma aprofundada as inovações e o impacto do som na vida contemporânea, revelando como ele pode influenciar comportamentos, despertar conexões e assumir um papel estratégico no mundo atual. Mais do que trilha sonora, o som é apresentado como ferramenta poderosa para marcas, experiências, cultura e tecnologia.
A publicação destaca quatro macro-tendências sonoras que estão redefinindo o futuro do áudio, além de ilustrar como o som está cada vez mais integrado a produtos, serviços e à construção de identidade das marcas.
O relatório também aborda tecnologias como áudio espacial e interfaces sonoras, e discute o papel crescente do som na criação de vínculos emocionais duradouros entre marcas e pessoas.
Link para download:
https://drive.google.com/file/d/1UPqfPnM_pAmG5DkNukO31GIx-fj-wTjh/view
No 45º episódio do B IS THE NEW A – The Podcast, Davi Cury conversa com Bruno Stefani, uma das principais referências em inovação no Brasil.
Com passagens pelo Itaú e pela Ambev, onde transitou em cadeiras como Open Innovation Lead até Global Innovation Director, hoje ele atua como consultor, investidor, professor e palestrante.
Acredite, essa uma hora de podcast vai te ensinar mais sobre inovação do que muito curso por aí!